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Após receber ameaça de ataque, Etec Polivalente dispensa alunos

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Polícia Militar foi acionada para ir até a unidade; ameaças ocorrem após ataques em Blumenau e São Paulo

06 de abril de 2023

Polícia Militar foi até a Etec Polivalente após o relato de ameaça de ataque na escola – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Alunos da Etec Polivalente, de Americana, foram dispensados na manhã desta quinta-feira (6) após a escola receber ameaças de ataque por telefone. A PM (Polícia Militar) e a Gama (Guarda Municipal de Americana) estiveram no local.

Segundo o tenente-coronel Adriano Daniel, que comanda a PM em Americana e Santa Bárbara d’Oeste, a ameaça foi recebida por um funcionário da portaria da escola, por telefone, pouco antes das 8h.

“Ligaram anonimamente na escola e disseram que haveria um massacre, que tirassem os alunos da escola”, comentou Daniel. Os alunos e funcionários foram reunidos no pátio e, em seguida, dispensados. No total, a escola tem cerca de 1,2 mil estudantes.

Para o comandante da PM, o episódio foi um trote. “Eu fiz questão de falar diretamente com a diretora da escola. Depois que ela me contou o que houve, cheguei à conclusão de que foi um trote, que não teria motivo para tanto alarde ou pânico”.

O tenente-coronel afirmou que os diretores escolares foram orientados a ligarem para a polícia em caso de ameaças para que haja um reforço no patrulhamento.

Para Daniel, o episódio é parte de um efeito contágio após a divulgação de casos em outras partes do País. A ameaça no Polivalente ocorre um dia após o ataque a uma creche em Blumenau (SC), onde quatro crianças foram mortas por um agressor de 25 anos, e na semana seguinte ao ataque promovido por um adolescente de 13 anos em uma escola na capital paulista, que terminou com uma professora morta.

Nesta semana, ao menos outras duas escolas estaduais na região receberam ameaças de ataques. Uma delas fica em Santa Bárbara d’Oeste e a outra em Sumaré.

Em ambas as situações, mensagens divulgadas em redes sociais e compartilhadas em grupos por estudantes fazem menção de um possível massacre.

“Não vamos descartar a hipótese de que vá acontecer alguma coisa. Não podemos ser refém dessas pessoas com interesses escusos”, comenta o tenente-coronel.

Eles também defendem o reforço da segurança e aconselham as unidades a aprimorarem os canais de comunicação para melhor acolher os alunos.

Patrulhamento reforçado

Na semana passada, após o ataque em São Paulo, a Polícia Militar em Americana informou que havia intensificado o patrulhamento nas imediações das escolas estaduais na cidade.

Comandante do 19º BPMI (Batalhão de Polícia Militar do Interior), tenente-coronel Adriano Daniel afirma que desde o ocorrido na capital, as ações de bloqueios e abordagens foram reforçadas.

Segundo o comandante, o trabalho dos policiais não se resume apenas a observar o comportamento nas proximidades das unidades de ensino. “Todo policial é orientado a conversar com os estudantes, esclarecer alguma dúvida, até para aumentar o vínculo com eles.”

Os PMs também ficam atentos à presença de pessoas estranhas ao ambiente escolar para evitar qualquer tipo de risco, desde drogas, furto ou mesmo um ato violento de um aluno contra outro ou contra professores.

fonte: O liberal